Aloha!
É um dos momentos mais emocionantes para mim, para a África e para o Brasil. LINK
Com essas palavras Nizan Guanaes classifica o dia 08 de julho de 2010, quando foi lançado oficialmente o logotipo da Copa do Mundo FIFA 2014. De fato! Pra mim também seria o dia mais emocionante se minha agência fizesse o logotipo de uma Copa. Grana, prestígio, mídia, mídia e mais mídia, mais clientes, entrar para história. Eu ficaria bem feliz mesmo.
Nizan fundou o Grupo ABC, um dos 20 maiores grupos de publicidade do mundo. Mas, voltamos a falar sobre Nizan e suas empresas na parte 2 do artigo. Vamos ao logotipo, sua forma, aplicações, protestos, outros projetos da mesma linha e etc.
PARTE 1: O DESIGN
Forma
Agora que é oficial, podemos comentar e discutir o logotipo sob a luz do design e seus paradigmas.
“É uma porcaria”, diz Wollner em entrevista para o Terra Magazine sobre o logotipo. E não posso deixar de concordar. A idéia (por si mesma) até que é interessante pois, todos os jogadores de futebol do mundo sonham em levantar a Taça FIFA. É uma idéia bacana e não havia sido muito explorada ainda (somente o logo da Copa de 2002 que usa a taça como tema. Em 1966 e 1978 existem menções a ela). Contudo, uma boa idéia com execusão pobre fica apenas nisso, numa boa idéia. E, a meu ver, é o que acontece com esse logotipo. Simples assim. E não digo isso sob o prisma da estética, essa que se forma nos olhos de quem vê, mas sob o prisma do desenho.
Compartilho muito da visão da prof. Priscila Farias, da FAU-USP:
A ideia de utilizar formas que lembram mãos não é ruim, mas as formas estão terrivelmente mal resolvidas, e isso faz com que a figura, como um todo, pareça fraca, transmitindo a sensação de um desenho improvisado e pouco profissional, um tanto infantil e ingênuo, ao mesmo tempo sem a graça de um desenho de criança, ou a espontaneidade de algo genuinamente naif. Link
Para muitos não lembra uma taça mas sim alguém com a mão no rosto, com vergonha; outros veem mãos que seguram uma bola, essa, definitivamente, uma impressão que vai contra a regra mais básica do esporte que está representando. Um logotipo ao ser projetado deve ser visto sob todos os ângulos possíveis e ser levado em consideração qualquer interpretação do desenho. Claro que isso não significa que por uma ou outra o projeto não vá funcionar, mas deve-se ter lucidez disso, até para não passar vergonha na hora da apresentação ao cliente. Sabe aquela história de pegar o print do logo em diversos tamanhos, colar na parede e ficar observando por um tempo? Então… mas isso queridos é “mania desnecesária de designers”. Falando ainda sobre tamanhos, talvez o trabalho tenha sérios problemas em tamanhos diminutos. Veja:
E já, desde o começo, podemos ver problemas de reprodução. A Coca-Cola lançou uma latinha especial em comemoração a Copa por aqui. Olha que maravilha que o logotipo ficou:
Foto: José Roitberg
Foi usado uma versão com um “sombreado branco” + outline no 2014. Mas com certeza tal aplicação foi prevista no Manual de Marca… certo? Aliás, alguém ouviu falar em manual? Quem precisa disso!
E antes que digam que pode existir limitação na reprodução em latinhas, pergunto: não é tarefa do designer (gente, DESIGNER!) levantar essas informações e projetar um logotipo que funcione em tais meios ou mesmo aplicações dignas?
E não só isso. Cores, proporções, aqueles ® e ©…
Mas o que mais se perde é a tipografia. Com certeza o que tem de mais problemático nesse logo. Não existe, a meu ver, qualquer tratamento tipográfico no BrASil e muito menos no 2014. Vou arriscar dizer que não houve a menor preocupação com a tipografia, pois um typedesigner ou mesmo designer que preze por seu trabalho jamais usaria uma mistura de caixa-alta com caixa-baixa no nome do país com um L(éle) que não se sabe se é maiúsculo ou minúsculo, sem qualquer critério aparente.
Claro, hoje tudo é possível e todas as possibilidades são válidas, mas num evento desse porte, dessa importância, num job que, talvez, só se tem a oportunidade de fazer uma vez na vida, ter um (não menos que) excelente projeto tipográfico exclusivo é quase um dever. Qual o problema de se procurar a comunidade brasileira de typedesigners para tocar essa parte tão importante do projeto? Como sempre digo, temos tanta gente boa por aqui que fazer isso sozinho não se justifica. E esse talento e domínio brasileiro da técnica tipográfica é de tão alto nível que já é reconhecida internacionalmente. Só um exemplo: o tipo atualmente usado na comunicação da Adidas, incluindo as camisas das seleções patrocinadas pela marca, foi feita por um brasileiro, o Yomar Augusto. Repito: não se justifica, com o tamanho do projeto e da verba. Como Wollner comenta na entrevista, “o designer deve coordenar esses tipos de projetos”. Ele, mais que ninguém, saberá da importancia de se ter uma equipe especializada, com pessoas experts a frente de pontos diversos do projeto, buscando a maior qualidade possível. Esse é o papel de uma agência: agenciar.
Outro problema são os espaços em branco, mal trabalhados. Bons projetos levam isso em consideração, como no caso do TCC da Karina Campana, que vamos ver mais abaixo.
É um trabalho para entrar para história, para virar case dissecado por estudantes, para o designer e todos os participantes mostrarem para os netos e os netos mostrarem para seus netos com orgulho. É uma oportunidade imensurávelmente incrível para o designer e toda equipe, para a agência, para a história do Design nacional. Infelizmente tenho que responder ao Prof. João de Souza Leite (em seu artigo sobre o projeto em nome da ADG): visto desse prisma, sim, foi uma oportunidade desperdiçada.
E como se não bastasse, o Rodrigo do DesignFlakes encontrou essa imagem no ShutterStock que é, no mínimo, intrigante.
“Daniel, vamos fazer um protesto, site-blog-tumblr-concurso, abaixo assinado, vaquinha, fogueira, motim, rebelião…”
Sinto em dizer isso, mas o que nos resta é somente uma coisa: olhar para esse logo por quatro anos até nos acostumarmos e ele se tornar simpático. Sim, isso irá acontecer. E não adianta querer fazer rebelião digital, “spammizar” a caixa de emails da CBF e do Ricardo Teixeira. A FIFA é uma empresa privada, a Copa do Mundo é um evento de empresas privadas (apesar do envolvimento governamental) e, como toda empresa privada, ela escolhe a agência que quiser, o projeto que quiser sem se preocupar com nada. Essa é a magia do capitalismo e de seu princípio de propriedade particular que se extende a marcas. E também é só dar uma vasculhada na web que você encontra protestos como esse feitos na Alemanha na outra Copa e na Africa do Sul para essa última. Chorando ou não, esse é o logotipo para Copa 2014 e nada irá mudar isso.
Outros projetos esportivos
Candidaturas para Copas de 2018 e 2002
Algo que não posso negar é a vocação para “não aceitação popular” que projetos como esse tem. Aconteceu o mesmo com os designs para Alemanha 2006 e Africa do Sul 2010, para as Olimpíadas de Vancouver 2010, Londres 2012 e Socchi 2014. Além disso, temos os logotipos das candidaturas para sedes das Copas de 2018 e 2022. Acredite ou não, TODOS os projetos geraram protestos em seus países. Fiz questão de pesquisar e ler sobre um por um na web (um dos motivos para a demora pra esse artigo sair). Não vou me prolongar nos comentários sobre cada um deles, pois isso estará num próximo artigo do LOGOBR (tem muita coisa para comentarmos hein!). Vejam:
Antes que alguém diga, “mas aquele ali não é o design feito pra candidatura dos EUA, ta errado”. Não não, está certíssimo. Aquele ali é sim o logo (???) da candidatura dos americanos. O que você deve estar pensando é naquele projeto colorido, com letras grandes e fundo escuro. Então, esse foi o projeto de identidade visual feito pelo humilde estúdio Pentagram. Sensacional. Mesmo com um logo ruim, o Pentagram salvou o visual da candidatura dos EUA. Para quem não viu, delicie-se:
Logo Euro 2012
Cansei de ver diversos blogs sobre design brasileiros noticiando que esse projeto para a Euro 2012 foi lançado alguns dias depois da final da Copa desse ano. Informação errada, que infelizmente o pessoal não tem o esforço de pesquisar antes de postar. Esse projeto, feito pelo mesmo estúdio portugues que fez o logo da Euro 2004, Brandia Central, foi lançado em dezembro de 2009. Infelizmente até hoje não consegui escrever sobre ele (com outros) e não será hoje que farei isso. Mas faço questão de deixar aqui pois é um design com uma execução sensacional. Vejam:
Esse aqui é o video de lançamento:
TCC Karina Campana e Cairê Uchôa
Karina Campanha é uma designer de São Paulo que, ao se formar em Design, fez, junto com seu amigo Cairê Uchôa, um TCC onde propunha um logo e uma identidade visual para a Copa 2014. Um trabalho fantástico. Lembra ali em cima quando cito o uso dos espaços em branco? Veja o que Karina e Cairê fazem com ele. Claro conhecimento e dominio das lei da Gestalt. E mesmo que não tenham pensado nisso, mostra que são dois (então) estudantes que tinham percepção e técnica para projetos de marcas. Não a toa que hoje a Karina é designer no escritório Sebastiany. Veja:
Mostrei esses outros designs feitos por alguns motivos: para que vejamos que se pode ter um logo com mãos que se entrelaçam e que formam uma taça sim, mas com uma execução digna; que se pode ter um ótimo projeto de design de logo, mesmo sendo feito por um recém formado; que quem entende, entende e faz bem feito; que quem não sabe fazer algo não deveria faze-lo, mas pelo contrário, procurar quem sabe; que projetos dessa envergadura sofrem críticas de qualquer maneira; mas que isso não é desculpa para se fazer qualquer coisa; que logos ruins, mal feitos, mal resolvidos, com pessimos conceitos e horríveis desenhos também são feitos além das fronteiras do Brasil; que ótimos logos, bem feitos e acabados, com conceitos fortíssimos, tipografia exclusiva, desenhos marcantes e execuções perfeitas também são feitos no Brasil; que quem faz publicidade deve se concentrar nisso, quem canta deve se concentrar nisso, quem escreve deve se concentrar nisso e quem faz design deve se concentrar nisso; de que sim, poderíamos ter tido um logotipo que fizesse jus ao Design pulsante que existe no Brasil, que, mesmo com todos os problemas, está formando designers de nível internacional; que, claro, iriam sacanear o Brasil por conta do logo; e, principalmente, que poderíamos haver mais ética, mais humildade.
Muitos dizem que não existe como fazer design de fato dentro de agências de publicidade ou, como gostam de falar, “360”. Concordo com isso. Contudo, temos ótimos exemplos mundo afora de agências que não centralizam tudo numa única equipe vinda, principalmente, da propaganda, mas que consegue AGENCIAR profissionais de diversas especialidades e montar equipes multidiciplinares, cada uma com seu espaço, seu peso, com respeito a todos os profissionais, jobs, espaços, prazos e métodos: dois exemplos rápidos:
1 – O design do logo da candidatura para sede das Copas de 2018 ou 2022 de Portugual e Espanha foi feito pelo escritório de Design e Arquitetura da Euro RSCG de Portugal. Além da divisão de Publicidade, Design e Arquitetura e eventos existem outras três;
2 – Design de marca para Abu Dhabi feito pela consultoria de branding RE, que é da M&CSaatchi.
Ok que são duas gigantes da comunicação e propaganda mundial, mas a Africa fica muito longe delas? De jeito nenhum! O Grupo ABC é 20º maior grupo de publicidade do mundo e dono de várias empresas especializadas que vão desde eventos e marketing esportivo até propaganda. O que impede de se ter uma consultoria em branding? Qual o problema disso?
Agora, nos resta esperar os materiais que serão desenvolvidos. Quem sabe isso não nos salva (como aconteceu com os EUA).
Mas e você, o que acham disso tudo?
PARTE 2: OS NEGÓCIOS ALÉM DO DESIGN
Talvez o grande trunfo do LOGOBR seja sua obstinação pela informação. Somente comentar sobre o logotipo seria pouco diante de tudo o que permeou essa história. O que vou falar agora é sobre informações que levantei na web. Não são coisas inventadas por mim ou por este blog, tampouco acusações a alguém. São fatos compilados e mostrados. Algo que qualquer um com o Google na mão pode ver. Meu objetivo: nos fazer pensar.
Abri esse artigo com a fala de Nizan quando chegou na solenidade onde foi lançado o logotipo da Copa 2014. Mas, voltemos um pouco nessa história. O que vocês lerão a seguir é a nota oficial da FIFA sobre o processo que resultou nesse logotipo.
Desde o primeiro segundo começam os momentos finais dramáticos; cada Copa do Mundo FIFA é resumida por sua identidade específica, uma única imagem que é projetada no mundo todo.
Um componente essencial dessa imagem é o Emblema Oficial que forma a base da identidade do evento. Para todos aqueles envolvidos com a competição até o momento de seu lançamento trata-se de uma referência única. Desde os fãs até os afiliados comerciais e cada pedaço da negociação do evento, esse emblema simboliza a associação com o evento principal de futebol e continua depois que já tenha acabado dentro do banco de memórias de cada pessoa envolvida nisto. Especialmente do país vencedor.
A função do Emblema Oficial é em fornecer uma representação forte e visual tanto para o evento e para o país que recebe o evento. Efetuar o design disto pode ser uma tarefa desafiadora. Como foi a situação inicial sobre a Copa do Mundo FIFA de 2014 quando a FIFA e o Comitê Organizador Brasileiro tiveram que analisar como configurar um país tão colorido e vibrante como o Brasil – um país com uma herança rica de cultura tradicional e ainda que está emergindo rapidamente como uma das economias mais influentes e modernas do mundo.
Para projetar essas dimensões similares – A modernidade e diversidade Brasileiras – A FIFA e a Comissão Organizadora do Brasil convidaram 25 agências no Brasil para enviar designs para o Emblema Oficial da competição de 2014. Mais de 125 idéias com emblemas foram recebidas na época do fechamento da data da competição e foram então revisados pela FIFA e pelo Comitê Organizador Brasileiro; portanto reduzidos a uma lista pequena de designs.
A tarefa de escolher o ganhador foi dada por um grupo de sete juízes altamente capacitados, selecionados pelo país organizador da Copa. Isso inclui uma das figuras mais influentes e modernas da arquitetura Brasileira, Oscar Niemeyer, o designer Hans Donner, a topmodel Gisele Bündchen, o autor Paulo Coelho, a cantor e atriz Ivete Sangalo assim como duas figuras importantes do futebol mundial, Ricardo Teixeira (Presidente da Federação Brasileira de Futebol e presidente do Comitê Organizador Brasileiro) e Jerome Valcke (Secretário Geral da FIFA).
Foi pedido aos juízes que classificassem os designs dando notas para um número de áreas. Assim como sua impressão geral, foi pedido a eles que avaliassem como isso transmitiria o espírito do Brasil e a ligação do país com a Copa do Mundo assim como avaliar a criatividade, mérito artístico e singularidade.
Quando o processo de julgamento terminou, todos os pontos foram somados e o design ganhador foi revelado: “Inspiração”, criado pela agência de design Brasileira, África.
A inspiração para este design vem da foto ícone de três mãos vitoriosas que trabalharam juntas para levantar o troféu mais famoso do mundo. Bem como descrever o uplifting da noção humanitária da interligação, a representação das mãos é o símbolo do verde e o amarelo do Brasil com as boas-vindas calorosas ao mundo para a costa brasileira.
A vitória e a união são os dois elementos chave que são, através das mãos, destacados no design. Embora a formação de uma ligação clara com as cores da bandeira nacional brasileira, as cores verde e amarelo também aludem a duas das mais fortes características da vida no Brasil – o dourado das praias e do sol refletiu no tom amarelo, com o verde que representa o interior tropical forte pelo que o Brasil é tão famoso. A combinação da forte imagem, a tipografia contemporânea e as cores impressionantes são extremamente eficazes em retratar uma nação moderna e diversificada. A representação viva do troféu do emblema é extremamente apropriada, tendo em conta as realizações proeminentes do Brasil sobre ter ganhado a Copa do Mundo em cinco ocasiões diferentes, mais do que qualquer outra nação.
A mensagem que fica clara é que a partir deste emblema é a idéia do vínculo exclusivo entre a FIFA, a Copa do Mundo FIFA e o Brasil, o país anfitrião da Copa do Mundo de 2014.
Tradução por Bárbara Silva. Texto original publicado no site oficial da Copa do Mundo FIFA 2014.
PS#1: não, você não leu errado e nem a Bárbara traduziu errado. A Africa foi mesmo classificado no artigo como “agência de design”.
PS#2: Vejam só: 25 agências enviaram mais de 125 propostas de logotipos. Isso dá mais de 5 propóstas por agência. Eles sabiam mesmo o que estavam fazendo…
PS#3: “altamente capacitados”? Não duvido disso, mas cada um no seu quadrado, certo? Seria Alexandre Wollner altamente capacitado para discutir como organizar a Copa com o sr. Jerome Valcke?
Isso aí é o que a FIFA (e com certeza a CBF também) conta sobre o processo de seleção do logotipo. Mas não foi o que apurou a imprensa brasileira e o que apurou este pequeno blog.
Em 11 de junho de 2010, o LOGOBR publicou um artigo sobre o então possível logotipo para a Copa de 2014. Segundo o que foi apurado pela imprensa e pelo LOGOBR, a FIFA tinha um acordo com a ADG. Essa, por sua vez, indicou os melhores escritórios de design do País para que enviassem sua proposta a FIFA. A ADG iria coordenar todo o processo. Após o envio das propóstas, a FIFA simplesmente disse que ninguém tinha tido atendido ao briefing (por questões que não posso revelar, infelizmente, mas que não foram técnicas), então se reservava no direito de fazer outro processo. A partir daí, nem ADG nem os escritórios de design ficaram mais sabendo do que rolava sobre o processo.
No texto oficial da FIFA, alguém viu alguma menção a ADG ou a esse processo cancelado? O que nos dá a entender ali é que esse “problema” com os escritórios brasileiros de marcas nem existiu.
A FIFA diz que convidou 25 agências para participar não é? Pois bem, um amigo meu, jornalista num grande veículo, me assegurou que grandes agências de São Paulo não participaram dessa tal concorrência. Lhe falei sobre o contrato de sigilo que a FIFA impoe sobre os participantes, mas ele me garantiu que sua fontes são confiáveis e que, de fato, agências ganhadoras de Cannes e com faturamentos milionários (ou seja, grandes agências) não participaram da tal concorrência. O próprio Marcelo Serpa disse que “adoraria ter participado” em seu Twitter.
Então, a África entra na jogada
A África é uma agência (de propaganda!) muito jovem mas que já está entre as melhores do Brasil. Fundada por Nizan Guanaes em 2002, ela já nasceu sendo parte do então recém fundado Grupo ABC, que hoje é um dos 20 maiores grupos de publicidade do mundo. Um Grupo com um “portifólio de empresas” completo. E com muito clientes. Grandes clientes.
Desviando o assunto um pouquinho, você sabe quem são os patrocinadores oficiais da seleção? No (péssimo e horrível) site da CBF, no rodapé, tem um marquee com as empresas. São elas: Vivo, Itaú, Nike, Guaraná Antarctica, Nestlé, Volkswagen, Seara, Gillete, Extra e Tam.
Pois bem. Um designer que trabalhou num dos projetos que a FIFA jogou pro alto disse ao iG que “(…) O que se sabe é que a Fifa e a CBF procuraram agências de publicidade que já trabalharam com elas ou com seus patrocinadores”. Confesso que isso me deixou bem intrigado, então fui eu dar uma pesquisa na web. O que encontrei é, no mínimo, intrigante:
Vivo é cliente da África;
O Itaú da Sunset, da DM9DDB e da África;
Guaraná Antarctica é cliente da DM9DDB e da B/Ferraz, Brahma da África e da ReUnion e a Ambev (Holding) é da Ludocca.MPM e da ReUnion;
A Nestlé é cliente da Brasil1 e da Tudo (em Minas);
A Volkswagen é cliente da ReUnion;
Seara é cliente da África;
Gillete é cliente da NewStyle e ReUnion, a Procter & Gamble (Holding) é cliente da África;
Extra é cliente da ReUnion, PontoFrio (pertencente a mesma Holding) da DM9DDB;
E a Tam e a Nike também são clientes da ReUnion.
O que me deixou intrigado? É que Africa, DM9DDB, Brasil1, B/Ferraz, ReUinion, Ludocca.MPM, Tudo e NewStyle, coincidentemente, são empresas do Grupo ABC.
Dai eu me pego pensando: seria boato mesmo essa história da FIFA e CBF terem levado o logotipo para a agência de seus patrocinadores? (Itaú, Brahma e Seara estão entre os patrocinadores da próxima Copa.)
E vocês, o que pensam a respeito?
Belo artigo Daniel!
Lembro a primeira vez que li sobre a logo dizia que foi criado por um estúdio francês. Li isto no site da Folha. Um tempo depois veio a informação oficial, e quem aparece do nada é a agência Africa.
Ficou claro que não houve nenhum tipo de processo e tudo foi debaixo dos panos, no jeitinho brasileiro de ser.
Mais claro ainda, mostra que o Brasil não está preparado pra este tipo de evento pois os nossos governantes são incapazes de fazer algo com seriedade e profissionalismo.
Só tenho a lamentar, pois quem perde é o país de mostrar ao mundo que ai o Brasil tem mais do que futebol e carnaval.
Otimo Post!!
Eu como estudante, .. não gostei do LOGO! 🙂
O logotipo da Copa nada mais é do que uma parte um pouco mais visível de como os processos estão se dando nesse evento.
Da mesma maneira que este logo está sendo escolhido, empreiteiras e projetos de estádios também estão. Fica claro que a África foi escolhida (no mínimo) por uma questão de tráfego.
E mais uma vez, perdemos oportunidades como estas, que pela sua magnitude, podem ajudar a melhorar diversos aspectos de nossas cidades e sociedades, como Imagem Externa do próprio país, urbanismo e projetos sociaos adjacentes.
É lamentável, e preocupante o rumo que estão tomando as coisas.
Grande artigo, obrigado pelas informações.
Excelente, Daniel. Nada a discordar. Complementando:
1) O fato da Africa ser uma agencia de propaganda não exclui a possibilidade de um designer ter feito esta logo e acompanhar a apresentação da marca em multiplas soluções. Muitos diretores de arte vem dessa disciplina; Não sei se é o caso da África e no que você escreveu parece não ter ficado claro a ti também. Na marca, falha de execução mesmo… junta isso no ego, que não escolhe disciplina muito menos local de trabalho, saem essas ‘coisas’ [e algumas discussões infundadas também, nos mais diversos locais].
2) outro principio gráfico que parece ter “inspirado” a marca da copa | http://www.sonhoemagia.com.br/arquivo/imagens/foto_logo_cop8mop3.jpg
3) É comum o endeusamento ao que vem de fora, como o projeto da Pentagram pros EUA [que pra mim é comum de tudo; a única felicidade dele é o termo, um “nós na fita” com grife]. Mas é gringo, dai dá-lhe babação… que, não à toa, complementa o “nivel” do que está fora do mainstream no Design brasileiro: afirmações sem pesquisa [como caso da logo da Euro], entre outras pérolas que costumam circular.
4) fazendo o papel do mais chato do universo: lá no comecinho do artigo, está escrito mensões; o correto é menÇões.
Abraço!
Obrigao Tony pelo comentário e principalmente pela correção. Ontem, ás 4 da manhã tava difícil fazer um terceiro pente-fino.
Obrigado e volte mais
abracao
Ok Tony! Concordo com o seu comentário. Mas já que mencionou erro de grafia gostaria de apontar o termo “logomarca” como errônea. O uso de “a logo”(no feminino) remete ao erro, sendo o correto “o logotipo”. Abraço
Daniel,
Parabéns pelo artigo, disse tudo! Isso é mais um exemplo da falta de profissionalismo e, principalmente, de ética, que existe no país. E infelizmente teremos que engulir.
Parabéns!
tb concordo com o Henrique. eu li no Brainstorm9 que o criador do logo “que vazou na internet antes do lançamento’ é do estúdio francês Richard A. Buchel.
tanto é q antes o Brasil era com Z, Brazil.
e de repente, virou da Africa! (?!?!?!)
pesquisei sb esse estudio frances, n achei quase nada de trabalhos no google. só vi que atendem a UEFA…
fiz esse questionamento na FanPage da Africa no facebook, diretamente para eles.
sabe o que eles fizeram? DELETARAM meu post
tem q montar mesmo um dossiê com toda essa barbaridade… a CBF já é uma instituição de “acertos e acordos”, isso todo mundo sabe.
e estender esse “acordão” até para a parte de comunicação, não é surpreendente, vindo dessa instituição com falta de credibilidade nas mãos de Ricardo Teixeira…
lamentável
Muito bom… li recentemente este post (http://www.ypsilon2.com/blog/small-talk/designer-resolve-refazer-o-logotipo-da-copa-2014-no-brasil/) onde um designer tenta arrumar este logo… Sei que é impossível, mas a proposta dele ficou melhor resolvida graficamente… o que acham?
Sensacional. Mais uma vez você foi além, Daniel.
É fato que os negócios motivam essas decisões e também é fato que agências têm papel em diversas decisões de patrocínio de seus clientes.
É como “uma mão lava a outra”. É assim que o país funciona e não seria diferente em um evento deste porte.
Parabéns pelo post!
PS: Na minha humilde opinião, qualuqer uma das marcas de candidatura mostradas, até as “não muito boas”, humilham a nossa marca. 😦
Daniel,
li linha por linha, vírgula por vírgula.
Achei muito bom o seu texto.
Fico indignada com essas falcatruas feitas na base do interesse e o pior que nosso mercado cada vez mais valoriza isso.
Ótimo post e esclarecedor, até o ponto que chegou. Concordo com o post ecomentários, tudo foi por baixo dos panos. Infelizmente nosso Brasil é assim, quem tem poder delega, o problema é que o poder pode estar nas mãos erradas. O logo é horrível, péssimo, mas nada podemos fazer.
Daniel … maravilhoso post. Gostaria de atentar também para a marca desta seguinte empresa http://www.personalservice.com.br/ eu vi esta marca em uma caneta ha bastante tempo, bem antes da marca da copa surgir com toda sua avalanche de críticas.. acho que podemos analisar a semelhança nas duas. Infeizmente já foi feito e agora é colher os frutos, se é que teremos, desta marca.
Daniel, de fato, você foi além!
Excelente post, com informações coesas e muito bem colocadas.
Agradeço mais uma vez pela referência do nosso TGI. 🙂
Parabéns novamente!
Ótimo post! Estava justamente procurando algo à respeito da marca acima (citada pelo Fernando Alves) para postar aqui. Vi esta marca ontem, em um automóvel, e não pude deixar de reparar na semelhança absurda.
Excelente artigo!
Isso mostra a desvalorização do design no ponto de vista das grandes autoridades que nem entendem do assunto.
assim, só como complementação.
no site Design em Artigos tem um projeto também para o logo da copa.
foi o que achei mais interessante até o momento.
http://www.designemartigos.com.br/identidade-visual-para-copa-de-2014/
Porque se apaixonam logo por esse ofício de criar logos?… Pergunto isso fora do âmbito do quanto muitas delas são bem-trabalhadas, bonitas, harmônicas. Logodesigners, vocês fazem marcas, que é mais uma face da publicidade, não entendo como isso tudo pode ser tão significante. Gostei da lúcida parte que lembra que hoje as empresas escolhem a agência que quiser e não se preocupam com mais nada, ora, é a tal magia que foi mencionada. A questão pra maioria delas não é deixar o mundo mais bonito com suas marcas, através de formas instigastes e bem-acabadas, utilizando bem os espaços em branco. Então por essa é a questão pra vocês? No fim das contas, acho que nem pra vocês a questão é deixar o mundo mais bonito ou inteligível ou interessante com essas logos, já que todas essas questões só são de interesse de público bastante limitado. Para um cidadão médio, a experiência de ir a um banco não se torna mais prazerosa por causa das fantásticas logos que eles possam ter, pois seus juros continuam desestimulantes. Por mais que a equipe que projetou a marca tenha se superado como designers e isso tenha contribuído para o reconhecimento do país nesse campo de criação. Esse questionamento, no fim do artigo, sobre o provável jogo de interesses, ajuda a intuir a natureza do negócio.
Sempre achei que se as marcas tem que levar em conta, entre tantas outras coisas, os valores defendidos por aquela empresa, organização ou evento, a grande maioria delas devia levar um cifrãozinho ali no meio dos seus elementos gráficos.
Pra deixar claro, quando disse “não entendo como isso tudo pode ser tão significante”, me referia à discussão, e não ao trabalho do logodesigner. Não cabe a ninguém questionar a relevância do trabalho de outra pessoa, você faz o que quiser e isso é ótimo. Questionei as posturas que nós podemos adotar no meio da discussão.
Parabéns! Este é o melhor artigo que já li sobre o tema! E olha que já li vários e vários….
Excelente artigo! Bastante esclarecedor, já até favoritei para servir de referência.
Infelizmente, sabemos que a FIFA nunca foi uma entidade muito transparente em suas decisões, tanto dentro como fora de campo. Parece que FIFA gosta de alimentar polêmicas.
E o que esperar então da união entre FIFA e CBF? Só podia dar no que deu: falta de clareza da proposta e decisões tomadas por debaixo dos panos.
E o grande resultado foi esse “belo” logo que teremos que engolir até 2014. E a pesquisa feita pelo blog não deixa dúvidas de que toda essa situação não passa de negócios entre camaradas: FIFA, CBF e seus patrocinadores. Tá tudo em casa.
O que me deixa desapontado é termos tantos estúdios excepcionais de design no Brasil que dariam conta de um projeto desse (vide o excelente projeto gráfico dos jogos Panamericanos) e ver algo assim acontecer, tudo feito da pior maneira possível.
Parabéns ao Logobr pela matéria e iniciativa!
tenho vergonha do “logotipo” da nossa copa, tenho vergonha da CBF e, mais vergonha ainda, de termos que engolir esta situação.
O logo deve ser disputado entre agências quando se trata de um produto que vai ser comercializado. A copa JÁ VAI SER no Brasil! Era a hora de então representar o bom design nacional quem sabe apresentando diversas idéias e depois uma votação, quem sabe uma votação pública até.
Hey Daniel, que tal os leitores do seu blog te enviarem jpgs com criações do logo alternativas e você faz um post só colocando todos eles? Ia ser no mínimo inspirador.
Parabéns pelo artigo!
Parabéns pelo artigo Daniel. Apesar de concordar com grande parte das informações aqui contidas, prefiro ser bastante sensato e dizer que não conseguimos saber EXATAMENTE e nos mínimos detalhes os obstáculos que Nizam e a sua equipe tiveram no desenvolvimento deste logotipo, então qualquer constatação será no mínimo leviana. Não é um logo perfeito, mas talvez seja o melhor possível.
O que eu acho? LOGOECA!!
http://logoeca2014.blogspot.com/
Ola pessoal de Design, me formei agora dia 31/08 em Design Grafico pelo Senai-RS não é faculdade, mas é um curso otimo que iniciou em março, não tenho como ler todo o artigo e nem ler os comentarios com calma , pois estou utilizando o Pc do Senai na biblioteca, mas o pouco que pude ler concordo com voces, esse logo é ridiculo, poderia ter sido melhor elaborado a ideia não é ruim ,pelo que eu entendi da ideia; minha interpretação é: Como o Brasil é um pais multicultural, temos varia, raças, culturas modos de vida enfim somos um pais continental achei interessante ter mãos coloridas e a ideia da taça que é o premio maximo,porem poderia sim ter sido feito de outra jeito, e olha que entendo pouco, mas li Quase todos os livros sobre design e tecnicas qu pude enquanto estava em aula.
Obrigada.
Excelente post, é sabia que tinha coisa por trás, infelizmente é isso, o dinheiro impera e para alguns isso continua sendo uma besterinha.
Eu fico feliz, quando li que o pessoal da África ia fazer uma camiseta com “fui eu que fiz”, afinal tem só assim pra rolar uma punissãozinha, hehe.
Chance desperdissada e classe desvalorizada.
Agoooora eu entendi! Realmente lámentavel…
O Brasil perde uma ótima oportunidade de mostrar que não é feito só de carnaval, bunda e cafonice… graças a uma certa laia de gentalha.
E, como designer, não tenho nem o que comentar.
Parabens pelo artigo, muito bom.
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Existe alguma reportagem ou Matéria da copa de 1994?
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Muito boa a postagem no Blog. Apesar que não concordo com a Copa 2014 e as Olímpiadas 2016 por aqui. Mas isso é uma outra história.
Abraço.
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Sem problemas…
O pedido já tá feito
QuasePublicitários
Olha cara, só de ver o “time” de “juízes”, ja me deu enjoo. Isso é revoltante, por mim nem teria mais copa, existem coisas muito importantes para ser feito nesse país, por exemplo todo mundo deveria votar nulo esse ano, por quê? acho que nem preciso falar, nenhum dos cadidatos tanto para presidência, qunato para outros cargos não estão preparados. Enfim, uma cosia que me entriga, porque não chamaram DESIGNER mesmo para avaliar os “jobs”? Eu sabia que tinha coisa errada, só por esse “time” ja da pra saber oq eu se passa por esse país tão “Rico”. PORRA tanto DESIGNER nesse BrASil, e os caras chamam uma agência, a vá tomarnocu.
Grande Daniel! Mais uma vez um texto imperdível e quase-irretocável no site (digo quase pelo “mensão” que ainda precisa ser corrigido para “menção”, mas digo isso apenas porque acredito que seu texto é brilhante e assim deve ser lido)
Muito bom! Favoritado e convertido em PDF para a posteridade!
Abraços
Falar é fácil, não é mesmo? As pessoas não tem idéia do que veio nos muitos contratos da FIFA, o briefing pedindo a localização exata do ano 2014 na Logo, as cores etc. Nada foi feito sem o aval da fifa.
Os designer estão mordidos mas deviam focar mais em tentar algo melhor. Por exemplo: Vários escritórios de design tiveram a oportunidade de criar a logo das Olimpiadas 2016 e nenhum, nenhum mesmo foi aprovado.
Não percam seu tempo com isso. A logo será essa mesma. E quando a Madonna voltar a circular no Rio de Janeiro usando uma camsisa com a logo 2014, os que hoje falam mal vão fazer fila pra comprar uma camisa igualzinha e achar a marca incrivel…
Olá Vanessa
Antes de mais nada, muito obrigado pelo seu comentário. Como alguem uma vez disse, não existe pensar sem cabeças diferentes.
Sobre seu comentário:
De fato, é simples analisar algo pronto. O caminho inverso é bem mais tranquilo, do que pegar um briefing e resolve-lo. Não tiro sua razão.
Contúdo isso não exime tal projeto de seu problemas, certo? Usar o briefing para justificar um trabalho ruim não é tão nobre assim, não concorda?
Você parece ter trabalhado no projeto. Por favor, nos conte um pouco sobre como foi isso. Que tipos de especialistas estiveram envolvidos no trabalho?
Sobre as Olimpíadas: sim sim, os estudios não tiveram a nota mínima na primeira apresentação. Mas, você chegou a ver o corpo de jurados? Se não, por favor, dê uma olhada:
1- Carlos Arthur Nuzman – Presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016
Carioca, advogado, Carlos Arthur Nuzman foi atleta de voleibol, tendo disputado os Jogos Olímpicos de Tóquio-64.
Como dirigente, transformou o voleibol no Brasil em campeão olímpico e mundial. À frente do COB, realizou os Jogos Pan-americanos e Parapan-americanos RIO 2007 e liderou o processo de conquista da sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016. Atualmente, é Membro do Comitê Olímpico Internacional, Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Presidente da Organização Desportiva Sul-americana (ODESUR) e Vice-Presidente da Organização Desportiva Pan-americana (ODEPA).
2- Leonardo Gryner – Diretor Geral do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016
Leonardo Gryner atuou como Diretor de Comunicação e Marketing do Comitê de Candidatura do Rio 2016 e foi Diretor de Marketing e Comunicação do Comitê Olímpico Brasileiro (1995/2010). Foi também Diretor de Marketing e Comunicação dos Jogos Pan-americanos e Para-panamericanos Rio 2007. Foi produtor de TV(1976/1982), Diretor de Esportes (1983/1990), Diretor de Marketing Esportivo (1991) e responsável por aquisição de direitos esportivos (1985/1991) na TV Globo. Consultor de Marketing da FIVB (Federação Internacional de Voleibol) – 1992/1994.
Consultor de Marketing para diferentes Federações Nacionais e clubes de futebol no Brasil. Produtor do filme oficial da Copa do Mundo da FIFA de 1994. Graduado em Matemática, PUC-RJ, e doutorado em Informática, IME, Rio de Janeiro.
3- Beth Lula – Gerente de Branding do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016
Beth Lula atuou como Gerente de Comunicação e Marketing do Comitê Olímpico Brasileir e foi responsável por toda estratégia promocional e de branding dos Jogos Sul-americanos Brasil 2002, Jogos Pan e Parapan-americanos Rio 2007, Delegação Olímpica Brasileira (Time Brasil), Campanha de Candidatura do Rio à sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 e demais participações da entidade em eventos nacionais e internacionais.
Profissional com 15 anos de experiência na área de Comunicação e Marketing gerenciando projetos de patrocínios, marketing de relacionamento, campanhas promocionais e publicitárias, vendas, desenvolvimento de identidade visual, merchandising, comunicação interna, criação de webpages e eventos institucionais com destaque para as áreas de cultura e esportes.
4- Michael Payne – Consultor independente de Marketing
Michael Payne foi por vinte anos o Diretor de Marketing do COI – Comitê Olímpico Internacional, sendo o responsável pelo reposicionamento e valorização da Marca Olímpica no mundo, pelo desenvolvimento e implementação dos programas de Marketing de 15 edições de Jogos Olímpicos (de verão e de inverno) e por importantes inovações, como a criação do programa de patrocínios do COI (TOP). Durante esse tempo, liderou a equipe de Marketing que gerou mais de US$ 15 bilhões em direitos de transmissão televisiva e comercialização de programas de marketing e aconselhou diversas grandes empresas sobre como usar a parceria olímpica para impulsionar seus negócios. Atualmente, é consultor independente de Marketing. Presta consultoria à Fórmula-1 e a grandes grupos de comunicação, além de ter sido consultor do Comitê de Candidatura Rio 2016, orientando sobre política e filosofia do Marketing do COI.
Foi considerado uma das pessoas mais influentes no mundo em Marketing pela Advertising Age. Autor do livro “Olympic Turnaround”, considerado pelo ex-presidente do COI Juan Antonio Samaranch como o “livro mais importante já escrito sobre o Movimento Olímpico”. Michael é comentarista para assuntos da indústria do marketing esportivo para a CNN, BBC e outros veículos de mídia.
5- Brad Copeland – Designer gráfico e fundador da Iconologic, empresa de 30 anos de design de marcas em Atlanta, Estados Unidos.
Nos últimos 20 anos, a Iconologic vem se especializando em design para Jogos Olímpicos. Tudo começou com o design para a candidatura da cidade de Atlanta para os Jogos de 1996. Desde então, a empresa desenvolveu programas de Look of the Games para Atlanta 1996 e Torino 2006. Desde os Jogos Olímpicos de Inverno Nagano 1998, atua como consultor de Look of the Games para o Comitê Olímpico Internacional.
6- Theodora Mantzaris – Designer e fundadora da empresa de consultoria de marcas Theodora Mantzaris&Company em Atenas, Grécia.
Theodora trabalhou em Londres por 10 anos na Addison Design Consultants, Landor Associates e Wolff Olins como Diretora de Design, sendo responsável pelo programa de marca de diversas empresas internacionais. Sua entrada no mundo olímpico se deu em 1999, quando participou do concurso internacional para criação da logomarca dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e com o seu design vencedor, acabou sendo contratada pelo Comitê Organizador como Diretora de Design dos Jogos. Com as palavras “excelência Olímpica”, o Comitê Olímpico Internacional caracterizou o seu trabalho de Look of the Games no relatório final desta edição dos Jogos. Sua experiência em Jogos Olímpicos inclui trabalhos de consultoria para Pequim 2008 e Vancouver 2010, além de participação nas comissões julgadoras para escolha da Mascote de Torino 2006; Marca, Mascote e Tocha de Pequim 2008; Marca de Vancouver 2010, entre outros projetos não olímpicos.
7- Scott Givens – Fundador da empresa de criação e produção Five Currents, na California, Estados Unidos.
Scott Givens foi o produtor executivo das cerimônias dos Jogos Pan-americanos Rio 2007, diretor dos vídeos e apresentações da campanha de candidatura Rio 2016 e colaborou com a estratégia da nossa campanha vitoriosa para sediar os Jogos Olímpicos. Durante mais de 20 anos de carreira, foi a mente criativa por trás de grandes eventos, como a campanha de aniversário de 50 anos da Disney, SuperBowl, NBA All-Star Game e sete edições de Jogos Olímpicos. Seu trabalho realizado para os Jogos de Inverno de Salt Lake City 2002 lhe rendeu a condecoração com a Ordem Olímpica, prêmio de maior prestígio junto ao COI.
Foi consultor do COI nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e Turim 2006, escreveu o Manual de Cerimônias do COI e fez parte da Comissão Julgadora da seleção das marcas de Pequim 2008 e Vancouver 2010.
Desde 2005, Scott e sua equipe da Five Currents produzem o evento Clinton Global Initiative, que reúne líderes globais em torno da resolução dos problemas mais graves do mundo. Em 2009, Scott abriu a filial brasileira da Five Currents e realizou o Réveillon de Copacabana 2009 / 2010.
8- Ricardo Leite Designer e sócio-diretor de criação da Crama Design Estratégico
Ricardo Leite é carioca, designer e sócio – diretor de criação da Crama Design Estratégico, atualmente uma das maiores agências de design do Brasil. Professor da UniverCidade – Centro Universitário do Rio de Janeiro desde 1994. Coordenador regional da ADG/Brasil – Associação dos Designers Gráficos entre 2002 e 2006, e membro do conselho da ABEDESIGN – Associação da Empresas de Design entre 2007 e 2009. Desde 2009 integra o Grupo Consultivo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Com diversos projetos registrados em livros e publicações brasileiras e internacionais, tem participado de eventos no Brasil e no exterior, assim como recebeu prêmios nacionais e internacionais ao longo de seus mais de 30 anos de carreira. Autor de livros sobre design, com destaque para: Ver é Compreender, o design como ferramenta estratégica de negócio, prêmio Jabuti 2004 como melhor livro brasileiro na categoria Arquitetura e Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Arte.
9- Roberto Fernandez – Diretor Geral de Criação da agência de publicidade JWT
O Diretor Geral de Criação da JWT São Paulo exerce, desde o início de 2006, a direção de criação da agência. Atuou em grandes agências de São Paulo como Almap BBDO e DM9DDB, e de Curitiba, como Exclam e Master.
Entre seus principais clientes já atendidos estão Unilever, Coca-Cola, Pepsi, Ambev, Alpargatas, Ford, Volkswagen, Honda, Cadbury Adams, Johnson & Johnson, Editora Abril, Telefonica, TIM, Bauducco e Ministério da Saúde.
Em 13 anos de carreira, obteve diversos prêmios, entre eles dez Leões no Festival de Cannes, três Lapis no One Show, doze estátuas no Clio, 2 London Awards e Grand Prixs no FIAP, El Sol e Premio Abril. Convidado pela organização de diversos festivais publicitários, Roberto Fernandez integrou o júri da última edição do FIAP na categoria Gráfica. Ele também já fez parte do corpo de jurados do Profissionais do Ano da Rede Globo, do Wave Festival, duas vezes do Prêmio Abril e duas vezes do Festival Internacional do Rio de Janeiro (ABP). Há quatro anos consecutivos, Roberto Fernandez é também parte integrante da comissão julgadora do Clube de Criação de São Paulo.
10 – Ricardo Cota – Subsecretário de Comunicação Social do Governo do Estado do Rio de Janeiro
Ricardo Cota, 45 anos, é formado em jornalismo pela Universidade do Estado Rio de Janeiro e Cinema pela Universidade Federal Fluminense. Escreveu em vários veículos de comunicação do país, como O Dia, Jornal do Brasil e Revista Istoé. Foi durante cinco anos debatedor do Programa Sem Censura. Foi correspondente em
diversos Festivais de Cinema, como Miami, Cuba, México e Cannes. Desde 1988 assessora o Governador Sérgio Cabral. Ocupou cargos na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Senado Federal e Governo do Estado. Participou do Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos e da equipe que promoveu a campanha para trazer os Jogos Olímpicos de 2016 para o Brasil.
11 – Marcella Muller – Coordenadora de Comunicação Social da Prefeitura do Rio
Formada em Comunicação Social pela PUC-Rio, iniciou sua carreira como Assistente de Direção de longa-metragens trabalhando para diretores como Tizuca Yamasaki e Helvécio Ratton. Foi assistente de Direção de Publicidade e TV, trabalhando para clientes como Coca-Cola, Telemar, Unilever, Rede Globo entre outros. Foi Produtora Executiva de Filmes Publicitários na TVZERO.
12 – Jeanine Pires – Presidente da EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo
Jeanine Pires preside, desde 2006, a EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo, vinculada ao Ministério do Turismo, e responsável pela promoção e apoio a comercialização dos produtos turísticos brasileiros no mercado internacional. De 2003 a 2006, foi diretora de Turismo de Negócios e Eventos da instituição.
Coordena as ações de promoção do Brasil no exterior por meio do Plano Aquarela – Marketing Turístico Internacional do Brasil. Participou dos estudos e estratégias para o concurso que resultou na criação da MARCA BRASIL e nos projetos de imagem do Brasil por meio do Programa de Relações Públicas da EMBRATUR. Implantou também a nova política de apoio à captação e à promoção de eventos internacionais para o Brasil.
É graduada em História pela Universidade Federal de Santa Catarina e pós-graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Alagoas. Tem artigos publicados em jornais e revistas, além de ter ministrado cursos e palestras em diversas cidades brasileiras e no exterior. Concluiu em 2007 o curso de pós-graduação em Economia do Turismo, pela UnB (Universidade de Brasília).
Fonte: abcDesign
Se você reparou Vanessa, é um juri especializado, formado por profissionais de marketing, brandin e design. Gente que sabe julgar, de forma tecnica e profissional, tais projetos. Agora, vamos ver o juri do projeto para q FIFA:
Ivete Sangalo, cantora
Gisele Bündchen, modelo
Paulo Coelho, escritor
Hans Donner, designer
Oscar Niemeyer, arquiteto
Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa
Ricardo Teixeira. presidente da CBF
Sem demagogia e corporativismo: percebe e diferença? Você acha que o logo da África passaria pelo primeiro juri? Quem disse que para um projeto de marca ser bom é necessário ser aprovado na primeira apresentação?
Na minha visão, prefiro eu ter meu projeto reprovado na primeira apresentação pelo Brad Copeland do que aprovado na primeira apresentação pela Ivete.
E sim, como observado já no artigo, esse é o logo e ponto final. Contúdo, não acredito que por conta disso não possamos discutir sobre ele.
E sim, logo teremos uma multidão usando camisetas com o logotipo. E não, eu não vou achar essa marca incrível, simplesmente por fatores técnicos.
E a análise aqui que está sendo feita não é por birra. Estética é pessoal e essa não pode ser julgada. E não é esse o cerne da discussão, e sim, mais uma vez, fatores técnicos.
Abraços
Daniel
No minino estou me sentindo indignada, com tanto desrespeito e falta de profissionalismo. Isso é um exemplo claro de banazação do trabalho do design, não pela escolha da empresa de publicidade, mas pelo total desapego ao projeto, onde nada parece ter sido pensado alem da ideia original da taça. Um desenho que caracteriza total falta de consideração a leis básicas de construção de uma identidade e que acaba passando uma imagem do país distorcida. Se a intenção er mostrar nossa cultura rica, nossos simbolos fortes, o maximo que conseguiram foi mostrar amadorismo e desrespeito ate mesmo na hora de ser julgado os trabalhos, já que o competentissimo time de jurados era faormado por um autor, uma cantora, uma modelo, pessoas sem a menor qualifição tecnica para esse trabalho.
Agora que consegui ler melhor. Parabéns por mais esse artigo Daniel . Conteúdo de qualidade.
Acho que não só o evento da Copa, ou só a CBF sejam movidos por interesses, mas o Brasil todo é assim.
Enquanto alguns estão preocupados com a qualidade do trabalho que é desenvolvido, na cultura do Brasileiro está enraizado o interesse claro por se dar bem, independente do que é feito para se alcançar isso.
Nós adquirimos o imediatismo da cultura consumista americana, mas com uma pitada de burrice. Porque tudo aqui é feito às pressas, só que sem pensar a longo prazo. O Brasileiro quer o agora, a grana na mão!
Aliás, pitada de burrice não. Tremenda burrice!
Temos visto o que a paixão pelos projetos, e a constante busca por aperfeiçoamento pode fazer por uma empresa como tem acontecido com a Apple.
Enquanto a Microsoft está pouco ligando pro que reclamam sobre o Windows, a Apple promove reuniões de imprensa coletiva para dar atenção aqueles que reclamam de um problema de antena que mal interfere na utilização do produto.
A ascenção da Apple e o “índice de paixão” que seus consumidores tem pela marca, se deve ao “chatismo” de Steve Jobs. Claro que é uma empresa onde o lucro é importante. Jobs não é idiota. Mas se não fosse sua paixão pelo perfeito, pelo BEM feito, a Apple seria só mais uma empresa.
Na realidade acho a posição da Africa, e de muitas agências, no mínimo antiquada.
Estamos no auge da Era da Informação, em que as grandes empresas tem se curvado ao Twitter, humanizado suas marcas e onde o consumidor tem voz ativa. Uma empresa que se preza sabe o efeito que um projeto mal acabado pode ter hoje.
Pode ser sim, que a Africa esteja ganhando rios de dinheiro, mas na minha opinião a grande diferença entre uma boa empresa e uma empresa genial é que a segunda busca realização de projetos no limite entre o quase-perfeito e o perfeito.
Não me canso de falar de Jobs, não pela aura que envolve a marca Apple, mas porque independente de seus interesses serem comerciais, lá não existe essa de projeto meia-boca. Sua meta é muito clara: Transformar a vida das pessoas através de seus produtos. Pode até soar como idealista demais, mas essa visão faz da Apple uma das empresas, senão a mais, inovadora de todos os tempos.
Perfeição e paixão pelo trabalho se adequa a qualquer disciplina, inclusive ao Design.
Que bela resposta o Daniel deu à Vanessa Cliber. Isso sim é saber debater idéias. Espero que ela leia e entenda o que está sendo debatido aqui.
Quando vejo a comunidade de designers criticando algum projeto por motivos técnicos, sempre tem alguém pra vir dizer que é recalque dos designers. Mas são os mesmos que ao vêem profissionais como advogados ou médicos exercendo irregularmente sua profissão, pedem cadeia pra eles.
O que eu quero dizer com isso: dê à César o que é de César. Projeto de design, dê pra um designer ou profissional experiente da área de criação. O que vemos muito por aí são pessoas que se dizem profissionais exercendo o papel de designers com pouca ou nenhuma experiência, resultando em projetos tecnicamente fracos como esse da Copa 2014. Então creio que nós, Designers, temos todo o direito de criticar, ao vermos algo ser feito com tanto descuido. É como se estivessem “exercendo ilegalmente” a nossa profissão, por isso fiz a comparação acima.
Só pelo fato de terem entregue a importantantíssima decisão de escolher o símbolo da Copa a essa “comissão de notáveis”, já mostra a grande falta de cuidado e de profissionalismo por parte da Fifa (que convenhamos, nunca foi muito coerente em tomar decisões dentro e fora dos campos).
Mais uma vez, parabéns ao LogoBR pela ótima e esclarecedora matéria.
Prezado Fabio. Por favor. sem essa de “bem feito”, ou “bela resposta”. Isso é infantil demais, nao acha?
Bem, vamos aos fatos. Concordo plenamente com o que o Daniel respondeu. Realmente o critério na escolha dos jurados foi muito boa. Ok.
Mas acredito que, vendo de fora, obviamente a escolha dos jurados da Logo 2014 teve outro enfoque. Chamaram pessoas de popularidade, como se elas estivessem representando o povo brasileiro. Foi errado? Pode ser.
Lembrando que, a FIFA é um Órgão particular e não público. Portanto não tem obrigação nenhuma de colocar tal projeto para voto popular.
Não gostei da aplicação da logo na lata da Coca-Cola. Mas isso não é culpa da África, concorda?
Eu não sou designer , não trabalho com propaganda. Mas vários escritórios de design e mais de 20 agencias de propaganda tiveram a chance de criar a logo e não o fizeram.
Como diz o Romário. Não existe gol feio. Feio é não fazer gol. Portanto, meus parabéns a Logo. Eu gostei. É simples e grita “copa do mundo” só de olhar pra ela.
Em ano de eleição, eu acho no mínimo grave as pessoas perderem tempo com uma coisa tão banal se comparada a situação do Brasil. E espero que voces se empenhem tanto quanto estão fazendo nesse tema de Copa do Mundo, quanto na hora de votarem no novo presidente. Vai ser bastante útil.
Gostei muito da matéria, parabéns pelo trabalho de TCC, gostaria de divulgar o nosso trabalho feito em 2009, também de conclusão de curo, está no site:
http://www.logocopa2014.com
A partir de muita pesquisa e uma análise de marcas de eventos entre outros sistemas desenvolvemos a marca da copa do mundo Brasil 2014,
vale a pena conferir,
Obrigado!
Demorei a ler o texto pois estive ocupado, guardei para ler depois e acabei de faze-lo. Excelente, assino em baixo.
É uma pena que um evento tão importante tenha decisoes por debaixo dos panos. A FIFA infelizmente é assim em grande parte de suas decisões. Política, corrupta e corporativista.
Resta bater palmas ao COI pelo processo sério e transparente que vem conduzindo. Né, Vanessa?
Belo post, acrescentou em muito do que já desconfiava. Como havia comentado na época em que o logo vazou na internet:
O vermelho do logo é por causa da Brahma, patrocinadora do evento da FIFA.
A em caixa alta em BrAsil é pelo da Africa.
Reparem que a partir do lançamento oficial do logo da copa de 2014, a Brahma se afirmou como a marca vermelha. Lançou sua nova lata e vai ficar repetindo isso por pelo menos mais 4 anos.
Eu lamento, lamento muito. E fico triste com o comentário do Nizan de que o Brasil deve se firmar como país emergido por meio de seu design…
abraço.
Vanessa, se você que não trabalha com design e propaganda, e veio aqui dar o pitaco e perder seu precioso tempo, quem dirá nós, profissionais da disciplina, que nos preocupamos com o que acontece no mercado, não é?
Nossa preocupação e nosso estudo não tem a ver com Copa x Política. Tem a ver com nosso trabalho, design.
Não sei se você percebeu e conhece o blog, mas ele aborda todos os tópicos, seja sobre a MTV ou Copa do Mundo, com o mesmo afinco.
Acho engraçado que todo brasileiro agora é metido a querer dizer: “se você se preocupar com as eleições igual se preocupa com x, vai ser bastante útil”
Como se na hora de votar existisse um misticismo, todo um ritual de voto.
A grande verdade é que por mais consciente que o brasileiro possa ser na hora de votar, a gente já sabe que depois o político vai roubar, e a gente não vai fazer merda nenhuma, pq brasileiro gosta do assentinho quente e não levantar e fazer a coisa acontecer. Afinal, apesar de tudo, nossa vida aqui é bem tranquila, nada que uma cervejinha no final de semana resolva.
Nosso voto aqui, Vanessa, é mero coadjuvante. Pobre do brasileiro que acha que ele muda algo só votando. A menos que algum dia um kamikaze assuma o poder desse país, dificilmente as coisas irão mudar por aqui. Nosso sistema é pronto.
Enfim, o que você pode contemplar nesse blog, são profissionais discutindo sobre o mercado, porque querem ver evolução.
Ainda existe quem idealize e procure na profissão mais do que dinheiro.
Bom, chega de escrever, é bem capaz que você nem leia isso, afinal as eleições estão aí.
http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=fiba&um=1&ie=UTF-8&source=og&sa=N&tab=wi&biw=1260&bih=866
Nem lembra o logo da Copa, né?! ;D
“Não gostei da aplicação da logo na lata da Coca-Cola. Mas isso não é culpa da África, concorda?”
Se não é culpa da Africa, a agência responsável, então a culpa é de quem? Do Kiko?
http://www.limitedaterra.org.br/ hehehehe, parece que alguém gostou do logo.
[…] passada foi publicado no excelente LogoBr, do amigo Daniel Campos, a mais completa cobertura que já li sobre a polêmica marca da Copa de […]
A verdade é que a Fifa está feliz com o dinheiro que ganha, assim como os grandes investidores, para eles tanto faz o que nós, o povo, acha. Esse logo é decepcionante, se colocassem a voto aberto da população seria rejeitado com certeza. A Fifa poderia ser mais democrática neste aspecto.
post MARAVILHOSO! Boa leitura 🙂
[…] Logo: Copa 2014 (Dossiê) LEIA O NOVO ARTIGO DO LOGOBR, ESCRITO APÓS O LANÇAMENTO OFICIAL DO LOGOTIPO. […]
[…] um digno resumo de toda a epopéia da criação da marca para a Copa 2014. Um lúcido artigo no blog LOGOBR. Vale a pela ler e refletir. E, portanto, colocar um ponto final nesta […]
Alguem sabe de alguma pessoa que tenha gostado do projeto?
Artigo muito bem escrito, parabéns.
Sou Filósofo e professor. Achei suas observações interessantes e pertinentes. Meus alunos também gostaram muito da maneira como o assunto foi tratado. Ótimo post!
Não vivemos em um país democrático, eu acho que teriamos que escolher a logo do nosso próprio país em uma votação online, sem contar que deveria ser aberto ao público concorrer também. A rede globo de televisão controla tudo, então nem adianta a gente perder tempo discutindo… Se eles quisessem colocar uma goiaba como logo seria uma goiaba e acabou…
[…] veja o que foi feito com o logotipo da empresa. Como no caso da Copa 2014, isso só mostra que uma velha máxima da internet é real: cada um no seu […]
[…] Pois bem, fazer um paralelo desse processo com o “processo de escolha” de quem faria o logotipo da Copa FIFA 2014 é inevitável. Como não desejo ser repetitivo, vou resumir tudo numa só palavra: seriedade. Quem quiser saber mais, pode ler o texto do LOGOBR Logo Copa 2014: Design e Negócios. […]
Coletar dados e mostrar é algo feito por muita gente.
Sintetizar de maneira clara e objetiva é trabalho duro, que foi muito bem feito por vocês.
Obrigada pelas informações, foram muito úteis.
Daniele Pereira
Designer
[…] Pois bem, fazer um paralelo desse processo com o “processo de escolha” de quem faria o logotipo da Copa FIFA 2014 é inevitável. Como não desejo ser repetitivo, vou resumir tudo numa só palavra: seriedade. Quem quiser saber mais, pode ler o texto do LOGOBR Logo Copa 2014: Design e Negócios. […]